AGO 24, 2022
Redação - Idealista. Confira matéria original aqui.
Ter uma alimentação saudável e equilibrada, e limitada a 12 horas por dia, pode trazer benefícios para a saúde a longo prazo.
O momento do dia em que comemos pode ter impacto na nossa saúde e, consequentemente, na longevidade. Segundo o neurocientista e geneticista norte-americano Joseph Takahashi, limitar a alimentação a 12 horas por dia pode mesmo trazer benefícios para a nossa saúde a longo prazo. Isto porque “temos relógios celulares controlados pelos nossos genes que também controlam quase todos os processos metabólicos”.
“O meu laboratório descobriu recentemente que a hora a que comemos – para um rato – pode prolongar de forma significativa o tempo de vida. Uma diferença de 10 para 35% de aumento de esperança de vida só ao mudar o tempo e o padrão da forma como a comida é consumida. A quantidade de comida é idêntica todos os dias”, explicou o cientista numa entrevista ao jornal Público.
O especialista reconhece que muitas “dietas da moda”, como o jejum intermitente, baseiam-se neste tipo de trabalho em laboratório. Contudo, adverte, as “dietas de jejum intermitente não prestam grande atenção à hora, prestam mais atenção à parte do jejum”. E segundo Joseph Takahashi o jejum ajuda, mas não chega, tem de se comer na altura certa. “Um estudo recente mostra que começar [a comer] às 8h e acabar às 16h é melhor do que começar às 12h e acabar às 20h. Mas é muito exigente, muito restrito. Não é necessário. Diria que 12 horas é o mínimo”, refere.
Joseph Takahashi explica que temos “relógios celulares que são controlados pelos nossos genes e esses genes também controlarem quase todos os processos metabólicos do nosso corpo”, e que esses genes estão envolvidos em funções imunitárias, neurodegeneração, e até suscetibilidade ao cancro.
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