MAI 18, 2022
Instituto de Longevidade MAG. Confira matéria original aqui.
É bem verdade que pautas ligadas a diversidade estão em alta nos últimos anos. Afinal, reforçar a importância dos direitos de mulheres, pessoas LGBTQIA+, pessoas negras e outros grupos minorizados é um tópico muito necessário.
Nesse movimento por uma sociedade mais diversa, também entra a questão etária, tratando especialmente da população 60+. Isso já tem virado tema de novela, pauta para influenciadores digitais e tema de conversas cotidianas.
Mas como ir além do modismo e de fato promover mudanças na sociedade que garantam os direitos da população idosa em todos os seus espaços?
Primeiro, temos que entender que qualquer problema social tem a “ponta do iceberg”, ou seja, aqueles problemas que são mais visíveis aos olhos das pessoas. Nesse caso, podemos considerar os diversos tipos de violência que um 60+ pode sofrer, seja ela física, psicológica ou financeira. Também entra nesse grupo a exclusão de idosos em espaços sociais, especialmente no mercado de trabalho.
Crédito: Dusan Petkovic/shutterstock
Além desses efeitos mais diretos do etarismo, temos também aqueles que são menos visíveis, mais sutis, porém são deles que pode surgir a violência direta. Por exemplo: a reprodução de estereótipos sobre pessoas com mais idade, as “piadinhas” sobre envelhecimento, os preconceitos que fazem muitos acreditarem que pessoas 60+ são incapazes de assumir funções e responsabilidades.
Então, para combater a discriminação etária, assim como qualquer outro tipo de discriminação contra algum grupo de pessoas, é necessário mitigar essas duas frentes.
Precisamos que pessoas e instituições se comprometam através de regras ou leis a não violentar, discriminar ou excluir pessoas por conta de sua idade. Pelo outro viés, é necessário que a sociedade mude a forma que enxerga pessoas 60+ e passe a tratá-las em pé de igualdade com as de qualquer faixa etária.
Certo, mas como colocamos isso em prática? Ilustrando melhor, temos abaixo uma lista de ações e boas práticas para incluirmos em nosso dia a dia, visando ajudar a acabar de vez com o preconceito etário:
Denunciando casos de violência ou discriminação contra pessoas 60+;
Criando espaços adaptados a pessoas de todas as idades, facilitando a participação social e a mobilidade delas;
Demandando que as empresas contratem pessoas por suas habilidades e experiências, sem olhar para a idade;
Estimulando a integração geracional, especialmente no mercado de trabalho. Não basta contratar 60+, eles precisam estar bem integrados com toda a equipe;
Evitando ou corrigindo comentários ou piadas que reforcem estereótipos negativos sobre a idade;
É claro que podemos incluir muito mais itens a essa lista para finalmente alcançarmos uma sociedade totalmente inclusiva a pessoas 60+, mas já temos um bom começo.
E você? Teria algo a incluir nessa lista?
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