top of page
Foto do escritorkoala hub

Diversidade: Cinco pilares que podem transformar vidas

MAI 17, 2022

Fenacor. Confira matéria original aqui.



As ações e visões que englobam a diversidade nas organizações foram tema da quinta live da série “Empreendendo e Aprendendo”, promovida pela Escola de Negócios e Seguros (ENS). As convidadas foram as colaboradoras do Instituto pela Diversidade e Inclusão no Setor de Seguros (Idis), Valéria Schmitke (presidente) e Jaqueline Suryan (líder do pilar LGBTQIA+).


Em um bate-papo com o gerente Regional São Paulo da ENS, Ronny Martins, elas explicaram como o instituto atua para promover a conscientização e a mudança nas empresas, visando à inclusão de públicos diversos no mercado de trabalho.


Jaqueline contou que, atualmente, o Idis trabalha para promover cinco pilares de diversidade: Gênero, LGBTQIA+, Gerações, Etnia e Pessoas com Deficiência. “Estamos sempre querendo criar mais. Temos os cinco pilares, mas há muitos outros vieses que precisamos trabalhar enquanto sociedade e mercado de trabalho”, explicou a líder.


Ela ressaltou que uma empresa mais diversa se torna mais inovadora, oferta produtos melhores e soluções mais criativas. “Quando a pessoa é vista e aceita como ela é, não precisa mudar o gênero da pessoa com quem ela se relaciona, não precisa mudar o cabelo, ela produz muito mais. No fim das contas, isso se reflete em uma carga muito positiva para as empresas. Inclusive financeiramente”.


Já Valéria destacou que a inclusão de pessoas diversas no mercado de trabalho é uma questão de justiça. “As pessoas devem ser promovidas ou contratadas pelo que entregam, não pela vida pessoal, características físicas ou outras coisas que não têm a menor influência no trabalho. Além disso, se as pessoas estão sendo respeitadas, cria-se um círculo virtuoso na empresa, que vai levar a um melhor cumprimento das regras e do convívio. Por isso, é importante treinar os gestores. Lidar com a diversidade dá trabalho, mas equipes diversas têm uma visão muito mais ampla e podem trabalhar muito melhor”.


Os cinco pilares do Idis


Gênero

Neste quesito, o instituto trata, principalmente, da participação das mulheres no ambiente de trabalho, focando em seguros. “Apesar das mulheres serem maioria no mercado de trabalho, apenas 13% estão em cargos de liderança. Sabemos que isso vem aumentando no mercado de seguros, mas ainda é muito pouco, se pensarmos que temos 51% das mulheres ocupando o mercado de trabalho”, pontou Jaqueline.


LGBTQIA+

“Neste caso, são outros problemas. Ainda estamos um passo antes. Mais de 60% das pessoas não se revelam no ambiente de trabalho, têm medo de falar da vida pessoal. Isso, inclusive, gera perda na efetividade”, ressaltou Jaqueline.


“O fato de ter que se esconder diminui em até 30% a produtividade daquela pessoa. Nesse caso, estamos falando da pessoa poder ser ela mesma. Outro ponto é sobre o percentual de pessoas trans que têm acesso ao mercado de trabalho, que é muito pequeno”, explicou.


Etnia

O Idis também busca incluir pessoas negras no ambiente profissional, focando no setor de seguros. “Temos também uma questão de ocupação muito pequena de pessoas negras em cargos de liderança, com apenas 4,7%, o que é um percentual ínfimo, considerando que temos 55% de pessoas negras no País. Temos ainda um problema anterior, que é o acesso à educação formal, além de questões com preconceito de aparência de pessoas negras, que muitas vezes não podem ser elas mesmas, o que é um absurdo e também um grande desafio”, pontuou Valéria.

Gerações

“Temos um problema geracional, principalmente considerando o acesso de pessoas 50+ no ambiente de trabalho. A reforma trabalhista vai obrigar as pessoas a trabalharem até 65 anos de idade, mas as empresas não contratam pessoas com mais de 50. O que essas pessoas vão fazer? Temos que pensar que as pessoas estão vivendo pelo menos até 80 anos. Uma pessoa com 50 anos ainda tem pelo menos 30 anos de atividades pela frente”, explicou Jaqueline.


Pessoas com deficiência

“Apesar de algumas terem acesso pela cota da lei, a evolução de pessoas com deficiência dentro do ambiente de trabalho acaba não sendo o mesmo que o das outras pessoas. Temos uma lei que estabelece um percentual mínimo, mas essas pessoas não têm um crescimento satisfatório na empresa”, justificou Valéria.




0 visualização0 comentário

Comments


bottom of page