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Economia prateada e a necessidade de transformação da publicidade

Atualizado: 13 de jun. de 2021

MAI 21, 2021

Claudia Raia - Vogue. Confira matéria original aqui.


Em sua coluna, Claudia Raia fala sobre a importância da mulheres 50+ para o consumo


Não é de hoje que eu falo que nós, mulheres 50+, estamos no auge: donas das nossas vontades, dos nossos desejos e do nosso dinheiro. Só que há um descompasso ainda entre nós e nosso alto poder aquisitivo e a publicidade. Seguindo uma lógica social, as propagandas ainda estão muito voltadas para os jovens e jovens adultos. É como se a gente não gostasse de ter roupa nova, maquiagem, sapato, bolsa, de fazer skincare, beber drinks, comer algo gostoso… Esse é o limbo em que a publicidade nos coloca: depois a gente ressurge aos 80 fazendo campanha de dentadura. E ninguém quis saber o que estávamos fazendo entre os 45 e 80.


Claudia Raia (Foto: Luccas Menezes)

Mas eis que o mercado está mudando, amor. E as marcas e a publicidade precisam acompanhá-lo. Já vejo alguns movimentos, mas ainda são pequenos perto do potencial que nós, 50+, temos. Você já ouviu falar da Economia Prateada ou Economia da Longevidade? É justamente sobre esse potencial ageless que ela trata. A população mundial, inclusive a brasileira, está com a expectativa de vida aumentando. Então, passou da hora de olhar para nós como consumidores, de ter nossas necessidades em mente na hora de criar produtos e também as peças publicitárias que vão vendê-los.


O mercado prateado representa a terceira maior economia do mundo. Olha só o potencial disso! Não ache que você sabe absolutamente tudo sobre nós. Amor, meu médico já me disse que não tem nos livros de medicina ensinando como lidar com a mulher 50+ de hoje porque somos muito diferentes das mulher 50+ de 10 anos atrás. É preciso entender o que nos move, quais são nossas vontades. Assim, todo mundo sai ganhando: nós por termos produtos pensados para nós e as empresas, que vão vender. Não tem como dar errado.

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