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Envelhecimento da população exige maior atenção para os projetos de habitação

JAN 24, 2022

Jornal da USP. Confira matéria original aqui.


Segundo a professora Sheila Walbe Ornstein, as moradias precisam facilitar a acessibilidade do idoso, assim como sua mobilidade


Os idosos passaram a ser uma parte relevante da população brasileira, com a qual os arquitetos têm que lidar nos seus projetos – Foto: Ariane Azevedo/Flickr


Países de todo o mundo estão vivendo o crescimento do envelhecimento populacional. No Brasil, existem, aproximadamente, 38 milhões de pessoas com 60 anos ou mais. Em 2050, serão quase 70 milhões – 30% da população. Esses levantamentos têm se refletido em iniciativas voltadas ao bem-estar da terceira idade, como é o caso das construtoras, que desenvolvem projetos que acompanham essa faixa etária.


Para atender a esse público, o olhar precisa ser de cidadania, e com maior utilização dos espaços comuns nos condomínios, com estruturas destinadas aos idosos, e que também atendam às pessoas com mobilidade reduzida ou que estejam temporariamente incapacitadas.


A arquiteta e urbanista Sheila Walbe Ornstein, professora do Departamento de Tecnologia da Arquitetura da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, explica como é feita essa seleção de projetos. “A gente tem que conhecer os usuários, os seus pontos de vista, as suas expectativas, dentro da sua diversidade. Os idosos passaram a ser uma parte muito relevante da população brasileira, com a qual os arquitetos têm que lidar nos seus projetos e atender; para isso, eles têm que compreender os seus comportamentos, as suas ações, no decorrer do uso desses ambientes.”


Além disso, ela ressalta que já existe uma legislação específica para atender a esse público, no caso, por exemplo, das habitações sociais, com áreas que facilitam a acessibilidade do deficiente físico ou do idoso. Sheila observa, porém, que “não existe uma política específica de financiamento de imóveis habitacionais para a população idosa. Você pode, por exemplo, promover uma habitação que tenha possibilidade de adaptação, isso é possível de ser feito”.


A professora da FAU alerta que o envelhecimento vai muito além do desenho urbano da cidade. A própria Universidade de São Paulo tem estudos sobre o assunto, mas é fundamental que um especialista faça os projetos e crie soluções personalizadas, pois em todos os casos algum tipo de facilidade deve ser criada.

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