NOV 02, 2022
Inês Dias - Diário de Notícias. Confira matéria original aqui.
Uma esperança média de vida que ronde os 100 anos não é uma realidade distante, de acordo com os especialistas da "Economia da Longevidade". Vencedor do Prémio Nobel da Economia, Richard H. Thaler, defende mudanças na sociedade.
Richard H. Thaler, vencedor do Prémio Nobel da Economia 2017.
© SCOTT OLSON / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP
Adaptação, transformação e novas oportunidades. Estes são alguns dos conceitos que resumem o primeiro dia do congresso internacional "Economia da Longevidade", a acontecer entre hoje e amanhã no Colégio Arzobispo Fonseca, em Salamanca, Espanha.
Nesta iniciativa que reúne especialistas internacionais da área da economia, o futuro da sociedade está em discussão mediante resultados de investigações que apontam para o crescimento da esperança média de vida em todo o mundo até 2100.
Richard H. Thaler (vencedor do Prémio Nobel da Economia em 2017), Andrew J. Scott (London Business School), Nicholas Barr (London School of Economics), Hervé Boulhol (OCDE), Diego Valero (Novaster) e José Luis Escrivá (Ministro da Inclusão, Segurança Social e Migração de Espanha) são alguns dos oradores que marcaram as conversas desta quarta-feira, focando-se no impacto da longevidade na saúde, educação, emprego e finanças.
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"Continuaremos a trabalhar até depois dos 65 anos?" e "Como nos podemos adaptar a esta nova realidade?" Foram as hipóteses coladas em debate, tendo em conta o panorama em Espanha e Portugal - países que têm uma elevada taxa de população envelhecida.
"A vida dos 100 anos", introduzida por Andrew Scott, indica que no futuro "haverá mais pessoas com 80 anos do que com 20 anos", sendo assim necessárias medidas adequadas à realidade das próximas gerações.
Nesse sentido, Richard Thaler acredita que "a sociedade precisa de melhorar a forma como as pessoas mais idosas podem continuar a ser úteis na idade da reforma", o que exige um "esforço das gerações trabalharem umas para as outras".
Thaler defende ainda um esforço necessário no aumento da natalidade ou no incentivo à imigração, para combater a falta de mão-de-obra jovem que se poderá observar nos próximos anos.
No último dia da conferência da "Economia da Longevidade", que termina esta quinta-feira, estarão presentes, entre outros convidados, Isabel Ferreira (Secretária de Estado do Desenvolvimento Regional de Portugal), Daniela Bas (ONU) e María Gafo (Comissão Europeia).
ines.dias@dn.pt
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