JUL 26, 2021
Jornal Tribuna. Confira matéria original aqui.
São Paulo 26/7/2021 – A expectativa de vida do brasileiro vem crescendo ano a ano, sendo que a média constatada em 2019 foi de 76,6 anos. As mulheres contam com estimativa de 7 anos a mais quando comparado aos homens.
A média de longevidade do brasileiro constatada em 2019 foi de 76,6 anos, segundo dados publicados em novembro de 2020 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em comparação ao ano anterior que contava com 3 meses a menos, sendo de 73,3 anos. As taxas vêm crescendo desde 1940, quando a expectativa de vida do brasileiro era de apenas 45,5 anos, ou seja, os brasileiros vivem em média 31,1 anos a mais do que no século passado.
Essa taxa varia de acordo com o ano de nascimento da pessoa, que é intitulada como “projeção de sobrevivência”. De acordo com dados do G1, uma pessoa com “(…) 30 anos completos em 2019 terá um tempo médio de vida diferente de quem nasceu no mesmo ano.”
• Aos 30 anos: 48,9 de expectativa de sobrevida, ou seja, expectativa de vida de 78,9 anos • Aos 40 anos: 39,7 de expectativa de sobrevida, ou seja, expectativa de vida de 79,7 anos • Aos 50 anos: 30,8 de expectativa de sobrevida, ou seja, expectativa de vida de 80,8 anos • Aos 60 anos: 22,7 de expectativa de sobrevida, ou seja, expectativa de vida de 82,7 anos • Aos 70 anos: 15,5 de expectativa de sobrevida, ou seja, expectativa de vida de 85,5 anos • Aos 80 anos ou mais: 9,7 de expectativa de sobrevida, ou seja, expectativa de vida de 89,7 anos ou mais.
A diferença entre mulheres e homens
As mulheres contam com estimativa de 7 anos a mais quando comparado aos homens. Sendo que a expectativa de vida das mulheres teve um aumento de 2 meses e 23 dias, paralelamente 79,9 para 80,1 anos. A população masculina teve aumento de 3 meses e 7 dias, progredindo de 72,8 para 73,1 anos.
O fator incidente para que mulheres vivam mais do que homens é mais evidente conforme a faixa etária, tal fenômeno é chamado de “sobremortalidade masculina”. As estimativas de 2019 é que um homem de 20 anos tinha 4,6 vezes mais chance de não completar os 25 anos do que uma mulher na mesma faixa etária.
“Na faixa entre 15 e 34 anos existe maior disparidade entre a taxa de mortalidade da população masculina em relação à feminina. Isso ocorre devido à maior incidência de óbitos por causas externas ou não naturais, como homicídios e acidentes, que atingem com maior intensidade a população masculina jovem. A expectativa de vida masculina no país poderia ser superior à que se estima atualmente, se não fosse o efeito das mortes prematuras de jovens por causas não naturais”, diz Fernando Albuquerque, demógrafo do IBGE.
Outro fator que se destaca na população de mulheres é que há uma postura preventiva e mantenedora de bons hábitos que fortalecem a saúde física. Iniciativa que também se estende quando se fala de acompanhamento médico, principalmente quando decorrente de um incômodo físico, que tendem a procurar ajuda profissional para evitar consequências mais sérias. O mercado tem aproveitado essa situação e isso é percebido pelo aumento de aparelhos de fisioterapia e acessórios utilizados para a saúde e bem estar da terceira idade. Os homens têm atuações diferentes nessas dinâmicas. Sendo que a probabilidade de cura de doenças mais graves tende a mostrar taxas mais positivas no grupo feminino logo nos estágios iniciais, por conta de uma rotina preventiva.
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