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Mais tempo de vida e mais saúde

AGO 26, 2021

Marinês Barbosa e Jesus - nd+. Confira matéria original aqui.


Santa Catarina ocupa o primeiro lugar no ranking quando o assunto é longevidade, mas o desafio é promover o envelhecimento saudável


Em 2030, o Brasil vai ocupar a quinta posição do mundo em número de idosos. Já em 2060 teremos mais pessoas acima de 60 anos do que crianças no país, em torno de 1/4 dos habitantes (25,5%).

Considerando esse envelhecimento populacional que estamos vivendo de modo bastante intenso no mundo, no Brasil, e especialmente, em Santa Catarina, a Opas (Organização Pan-americana de Saúde) definiu esta como a década do envelhecimento saudável.


Em 2060 teremos mais pessoas acima de 60 anos do que crianças em todo o Brasil – Foto: Anna Bizon/ND

“É algo que temos muito a pensar e nos preparar para os próximos anos para este processo de envelhecimento. A pandemia trouxe este foco à terceira idade, todos nós paramos para pensar nos idosos da nossa família e no nosso próprio envelhecimento, considerando que o envelhecer traz algumas fragilidades do ponto de vista da saúde que precisam ser olhadas e cuidadas”, observa Ana Maria Justo, doutora em psicologia, que também desenvolve projetos de pesquisa e extensão em temáticas relativas à velhice e ao processo de envelhecimento humano. Santa Catarina ocupa o primeiro lugar no ranking quando o assunto é longevidade, 79,9 anos.

Enquanto que a expectativa de vida no Brasil é de 76,6 anos, segundo dados do IBGE.

E é por isso que não é possível falar em alimentação e bem-estar no futuro sem citar o envelhecimento da população. Para Ana Maria, Santa Catarina se destaca porque é um Estado com a maior qualidade de vida, com maior acesso à saúde e que a população tem uma maior renda.

“A gente já sabe que um dos determinantes do envelhecimento e da longevidade é o acesso aos serviços de saúde, assistência social e a determinadas condições econômicas, que permitem essa maior longevidade”, diz ela.

Florianópolis é destaque nacional

Florianópolis também ganha visibilidade quando o assunto é qualidade de vida na terceira idade.

Em 2017, o Instituto de Longevidade Mongeral Aeron em parceria com a FGV (Fundação Getúlio Vargas) fizeram um relatório que elegeu a cidade como o segundo melhor lugar para os maiores de 60 anos, com destaque para a renda e ótimo desempenho em atividades de cultura, engajamento e acesso à informação.

A Ilha possui o IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) mais alto entre todas as capitais do país, com 0,847, sendo considerada a melhor cidade para se viver depois dos 60 anos, segundo o Atlas de Desenvolvimento Humano do Brasil de 2020.

Florianópolis também foi eleita a 5ª melhor cidade para se viver entre os 300 maiores municípios brasileiros.

Graças a várias iniciativas voltadas para a terceira idade, a Capital catarinense é destaque nacional.

Programas como o Floripa Feliz Idade, que incentiva ações culturais e de lazer como viagens e artesanato, além de práticas esportivas e o Neti (Núcleo de Estudos da Terceira Idade) da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) têm garantido mais qualidade de vida para os idosos.

Participação social como aliada

Em 2005, o Ministério da Saúde criou a Política do Envelhecimento Ativo, programa que envolve uma ação nacional para criar políticas públicas que promovam modos de viver mais saudáveis em todas as etapas da vida, favorecendo a prática de atividades físicas, o acesso a alimentos saudáveis e a redução do consumo de tabaco.

Estas questões são a base para o envelhecimento saudável, um envelhecimento que signifique também um ganho substancial em qualidade de vida e saúde.

A psicóloga Ana Maria Justo observa que um dos tripés do programa é justamente a participação social.

“Além disso, projetos que vão atuar na inclusão digital das pessoas idosas, considerando que hoje em dia ter acesso a mídias sociais, ter acesso à informação por meio da internet também é uma forma de participação social. A gente sabe que essa integração social é importante para a saúde, qualidade de vida e bem-estar de todos, mas principalmente para os idosos”.

Desde 2018 o Santa de Catarina aderiu ao programa do governo federal “Estratégias Brasil Amigo da Pessoa Idosa” voltado para o envelhecimento ativo, saudável, cidadão e sustentável da população idosa, principalmente na faixa de vulnerabilidade social.

O objetivo do programa, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social, é levar qualidade de vida aos idosos e promover o envelhecimento cidadão, sustentável, saudável e ativo da população.

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