AGO 28, 2022
Thaís Lopes Aidar - Terra. Confira matéria original aqui.
Psicólogo explica que o medo de envelhecer e notar sinais do envelhecimento é uma fobia capaz de impactar a saúde mental
Saiba a relação entre o medo de envelhecer e a depressão Foto: Alto Astral
Fios brancos nos cabelos e algumas rugas no rosto são sinais que denunciam a chegada do envelhecimento. E, embora se trate de um processo natural da vida, o medo de envelhecer é bastante frequente, sobretudo por cobranças da sociedade que não aceitam a chegada da terceira idade.
Segundo Thiago dos Reis Hoffman, psicólogo e coordenador do curso de psicologia da Faculdade Anhanguera, o medo de envelhecer é considerado uma doença, a gerontofobia, registrada no Código Internacional das Doenças (CID).
"A gerontofobia é caracterizada pela aversão aos sinais do tempo no próprio corpo, como rugas de expressão e a diminuição da mobilidade, assim como por pessoas idosas. Um conjunto de fatores irá definir se o indivíduo convive ou não com essa fobia", considera o especialista.
Impactos emocionais
De acordo com o psicólogo, o medo de envelhecer pode começar até mesmo na adolescência e isso costuma estar relacionado com a reflexão sobre a proximidade da morte e também a dificuldade em lidar com as mudanças do corpo.
"A corrida para alcançar o status imposto culturalmente pela sociedade pode desencadear traumas e doenças emocionais. O acompanhamento psicoterapêutico é recomendado em casos extremos relacionados a essa preocupação", alerta Thiago.
Portanto, quando a pessoa tem um medo desproporcional do envelhecimento, vale buscar ajuda, viu? Isso porque, se não for tratada, a gerontofobia pode acabar impactando o emocional e causando distúrbios como a depressão.
Envelhecimento saudável
Primeiramente, tenha em mente que envelhecer não é um bicho de sete cabeças, tudo bem? Pelo contrário: o envelhecimento, além de natural, pode ser um processo saudável e cheio de coisas boas.
Nesse sentido, o psicologo recomenda as seguintes dicas:
Exercite-se para diminuir o risco da depressão e fortalecer os músculos;
faça exames de prevenção e rotina;
conviva com diferentes gerações;
mantenha o contato com os velhos amigos;
participe de clubes e grupos para aquecer as dinâmicas sociais e fazer novas amizades.
Fonte: Thiago dos Reis Hoffman, psicólogo, professor e coordenador do curso de Psicologia da Faculdade Anhanguera.
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