O paradoxo do envelhecer: uma conquista que traz preocupação
- koala hub
- 13 de mar. de 2023
- 2 min de leitura
NOV 05, 2022
Fran Winandy - Canal UM BRASIL. Confira matéria original aqui.
Há um paradoxo na sociedade em torno do envelhecimento: por um lado, trata-se de uma conquista, pois as pessoas estão vivendo por mais tempo; por outro, isso traz ao idoso o receio de ser visto como “descartável” ou “inútil”, um aspecto cultural presente em todo o mundo.
“Isso passa a ser um problema quando pensamos nas questões inerentes: desemprego, preconceito e invisibilidade. As pessoas estão, ao mesmo tempo, felizes com o envelhecimento, mas preocupadas com o que isso pode trazer”, afirma Fran Winandy, consultora e especialista em diversidade etária e etarismo, em entrevista ao Canal UM BRASIL, uma realização da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP).
Fran destaca que, atualmente, o tempo ao longo do qual as pessoas vivem como idosas (a partir dos 60 anos) representa um grande período da vida. E mesmo que as estatísticas apontem a média de cerca de 76 anos de vida para um brasileiro, na prática, este dado é muito maior.
O papel das empresas em relação a isso é lutar contra o etarismo, destaca a consultora. “Dentro das organizações, existe a ideia de que somos um país jovem, mas não somos. Nos Estados do Rio de Janeiro e de Santa Catarina, já há mais pessoas acima dos 60 anos do que abaixo dos 14. As empresas não estão planejando para a longevidade, para o envelhecimento”, pondera.
“Quando falamos em diversidade etária, estamos falando em representatividade, pois os clientes são formados por todas as faixas etárias. Como ter empatia com o consumidor acima dos 50 anos, se não há ninguém dentro da organização que se coloque no lugar dele, que pense como ele e que desenhe produtos e serviços para ele? Sem isso, acontece uma representação estereotipada do idoso”, ressalta.
As opiniões expressas neste vídeo não refletem, necessariamente, a posição do Canal UM BRASIL.
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