AGO 24, 2022
Camilla Germano - Correio Braziliense. Confira matéria original aqui.
Um novo estudo examinou a associação entre caminhar e os riscos de todas as causas e mortalidade cardiovascular entre idosos com 85 anos ou mais.
(crédito: William Olivieri on Unsplash)
Caminhar uma hora por semana pode aumentar a longevidade de pessoas com mais de 85 anos, segundo uma nova pesquisa da Sociedade Europeia de Cardiologia.
A ideia do estudo era fazer uma associação entre caminhar e os riscos das causas de mortalidade cardiovascular entre idosos com 85 anos ou mais.
Foram incluídos 7.047 adultos com mais de 85 anos e que foram submetidos ao Programa Nacional de Triagem de Saúde da Coreia do Sul entre 2009 a 2014. A média de idade dos participantes foi de 87 anos e 68,3% eram mulheres.
Os pacientes precisaram responder um questionário sobre as atividades físicas que praticavam no lazer, o tempo gasto semanalmente em caminhadas em ritmo lento ou em intensidade moderada, além de saber se praticavam atividades como ciclismo e caminhada rápida ou atividades intensas como corrida.
Na sequência eles foram separados em cinco grupos distintos de acordo com o tempo de caminhada em ritmo lento por semana. Cerca de 57,5% não caminhavam lentamente; 8,5% andavam menos do que uma hora; 12% caminhavam entre uma e duas horas; 8,7% andavam entre duas e três horas; e 13,3% caminhavam mais do que três horas por semana.
Além disso, 14,7% do total de participantes faziam atividades físicas moderadas e 10,9% praticavam atividades muito intensas. No entanto, apenas 7,6% dos pacientes analisados atenderam às recomendações das diretrizes para atividade física.
Assim, os pesquisadores analisaram as associações entre caminhada, mortalidade por todas as causas e mortalidade cardiovascular após o ajuste da energia gasta em atividade física de intensidade moderada a vigorosa. No comparativo com as pessoas que não praticavam exercícios, aqueles que caminharam pelo menos uma hora por semana tiveram riscos 40% e 39% menores de mortalidade por todas as causas e cardiovascular, respectivamente.
"Identificar a quantidade mínima de exercício que pode beneficiar os idosos é uma meta importante, pois os níveis de atividade recomendados podem ser difíceis de alcançar", ressalta Moo-Nyun Jin, um dos autores do texto.
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