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Portugal está a mudar e a longevidade é um desafio

MAI 16, 2022

André Rito - Expresso. Confira matéria original aqui.


Os membros do Conselho Consultivo do projeto / Nuno Fox


Uma estratégia de desenvolvimento para as questões da longevidade; abordar o impacto da transição demográfica na saúde e economia; melhorar o acesso dos mais velhos aos cuidados de saúde; e aumentar os cuidadores que prestam auxílio ao domicílio. Estes são alguns dos desafios colocados pelo aumento da esperança média de vida em Portugal.


Após a primeira reunião do Conselho Consultivo do projeto "Longevidade: Viver mais e melhor", que tem como parceiros a Fidelidade e a Novartis, a conclusão parece consensual: é preciso fazer mais e melhor pelos mais velhos, preparando ao mesmo tempo os mais novos para a sua longevidade. O encontro decorreu no formato Chatham House Rule, no qual os participantes são livres de partilhar informação e opiniões, desde que não sejam identificados.


Portugal é atualmente o 4° país mais envelhecido do mundo - a tendência é que a médio prazo venha a ser o 3° -, sendo a longevidade um dos grandes desafios dos próximos tempos. Ainda assim, a palavra "longevidade" surge apenas uma vez no atual programa do Governo. Há, no entanto, parceiros do projeto que há muitos anos estão a trabalhar no tema. Um dos problemas levantados foi a questão dos cuidadores.


"Há uma pressão cada vez maior sobre os cuidadores das pessoas que mais precisam", disse um dos membros do Conselho Consultivo, ressalvando, porém, que todos os sectores serão impactados pelo envelhecimento. "Temos de olhar para isto sem um sentido catastrófico."


Vários países, como o Japão, por exemplo - que é a nação mais envelhecida do mundo - estão a tratar a longevidade como uma oportunidade: para melhorar a saúde e para tirar partido da chamada "economia cinzenta". Há uma infinidade de negócios a florescer. "Somos vistos como um óptimo país para fazer negócios ligados à longevidade, com inovação, tecnologia, fundos para criação de startups", afirmou outro membro do Conselho Consultivo.


Composto pela Associação Age Friendly, Agencia Nacional de Inovação, Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Dr. António Cupertino Miranda, Fundação Calouste Gulbenkian, Novartis, Fidelidade, Multicare, Impresa, Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, Observatório do Envelhecimento e União das Misericórdias Portuguesas, o Conselho Consultivo tem como missão apontar caminhos estratégicos para uma mudança gradual e sustentada no que toca ao envelhecimento em Portugal.


"É o momento de refletir sobre este tema e começar a agir", anunciou outro membro. "Vivemos mais anos e isso é sempre uma boa notícia, mas precisamos de medir o seu impacto na saúde e economia", concluiu.


Este texto faz parte do projeto “Longevidade: um novo desafio”, lançado pelo Expresso em 2022, em parceria com a Fidelidade e Novartis

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