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Quem disse que o sexo acaba aos 60? Benefícios e cuidados para aproveitar a época mais sábia da sua

AGO 30, 2021

Afonso Coelho - THE MAG. Confira matéria original aqui.


Manter uma vida sexual ativa depois dos 60 é algo que se reflete num aumento do bem-estar. Mas não imagine que tudo é fácil. Sim, há riscos. Saiba quais são e como evitá-los.


Sexo depois dos 60 anos

Foto: getty images


Foi durante muito tempo um tópico tabu, mas o cenário está a mudar. A chegada aos 60 não significa uma paragem da vida sexual e cada vez mais se verifica que esta persiste em idades ainda mais avançadas. Efetivamente, existem motivos que podem explicar uma menor apetência sexual nesta faixa etária. No caso dos homens, múltiplas condições mais frequentemente observadas à medida que a idade vai progredindo, como a diabetes, levam à disfunção erétil, enquanto que, nas mulheres, se denota um decréscimo nos níveis de estrogénio, assim como, por vezes, secura vaginal.

Contudo, a realidade não segue necessariamente essa linha: um estudo de 2017 em cidadãos norte-americanos, por parte da Universidade de Michigan, mostrou que, entre os indivíduos com idades entre 65 e 80 anos, 54% ainda mantinham uma vida sexual ativa, com mais homens que mulheres a manter o seu apetite sexual. No Reino Unido, um trabalho do YouGov, lançado este mês, concluiu que aproximadamente 30% dos inquiridos acima dos 65 anos ainda se consideram sexualmente ativos.


A atividade sexual nestas idades está associada a um maior bem-estar, satisfação, assim como a um maior sentido de propósito na vida, como confirma um estudo de David Lee et al. publicado no Journals of Gerontology em 2016. Aliás, a atriz Helen Mirren, numa entrevista dada em 2015, afirmou que aos 69 anos via o sexo como algo "maravilhoso" e considerava-o inclusive melhor que na juventude. MAS NEM TUDO SÃO ROSAS... Todavia, o sexo nesta faixa etária acarreta também alguns riscos, principalmente no que concerne às infeções sexualmente transmissíveis: os índices estão a subir – em Portugal, entre 2017 e 2018, houve um acréscimo de 33%, segundo dados da DGS - e existem vários fatores que explicam este fenómeno, de acordo com um relatório da Public Health England.

Primeiramente, há que considerar que, após a menopausa, a gravidez deixa de ser uma preocupação, levando a uma diminuição na utilização dos métodos contracetivos, mas também à redução da grossura do tecido da vacina e da vulva, criando micro abrasões que aumentam a vulnerabilidade às ISTs. DIVÓRCIOS E NOVOS PARCEIROS


Outra causa é o aumento do número de divórcios, correlacionado com a atividade sexual com novos parceiros, algo particularmente relevante com a popularização das chamadas 'apps' de encontros. O menor nível de educação sexual entre pessoas mais velhas, no que toca à prevenção deste tipo de infeções, é também assinalado como um fator de risco. Adicionalmente, existe uma maior relutância entre os adultos com estas idades em procurar um diagnóstico, resultando numa menor probabilidade de que este chegue em fase inicial.

No cômputo global, ainda que seja necessário um maior cuidado ao explorar a vida sexual a partir dos 60, não ignorando as precauções adequadas e consultando especialistas quando pertinente, é encorajado não deixar o passar do tempo se transformar num obstáculo à continuação da atividade sexual, dados os consideráveis benefícios adjacentes a nível do bem-estar e da felicidade e, portanto, da qualidade de vida.


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