ABR 30, 2022
Jornal A Verdade. Confira matéria original aqui.
Como parte do continuum de desenvolvimento ao longo da vida, o envelhecimento não é mais do que um processo natural e dinâmico, que desafia os adultos mais velhos a adaptações comportamentais contínuas. Envelhecer pressupõe a construção de uma história individual, diferente e única. Assim, dependendo do percurso de vida, as ferramentas que cada pessoa utiliza para lidar com os momentos de crise são distintas, e conduzem inevitavelmente a modos de reagir diversificados, tanto mais que perante acontecimentos semelhantes as pessoas podem (ou não) desenvolver doença psiquiátrica.
Deste modo, a capacidade de lidar com os desafios e as dificuldades normais do quotidiano define a Saúde Mental. Esta é a base de todo o bem-estar físico, psicológico e social. Ora, a Saúde Mental é mais do que a ausência de doença psiquiátrica, e é inquestionavelmente reconhecida a necessidade de dar a conhecer e sensibilizar a população para os problemas de Saúde Mental, e de medidas preventivas, onde a literacia em Saúde Mental ocupa um lugar de destaque. Informar e capacitar os adultos mais velhos sobre o tema será um impulso para melhor aceitar os cuidados de Saúde Mental. Assim, quem se for atualizando ao longo da vida e for investindo na sua saúde mental estará melhor preparado para as alterações que ocorrem ao longo da vida e alcançará com mais facilidade o envelhecimento bem-sucedido, que traduz uma boa adaptação a esta etapa da vida.
Em boa verdade, promover o envelhecimento ativo é manter os adultos mais velhos ativos durante o maior tempo possível, é promover a participação e o envolvimento contínuo na vida social, económica, cultural e espiritual; logo, é promover a Saúde Mental e prevenir a doença, física e mental. Mas de que forma poderemos reduzir o risco de doença mental no envelhecimento? Registe os seguintes desafios: 1) Pense no seu cérebro: mantenha-o ativo; 2) Pense na sua alimentação: tenha uma alimentação saudável; 3) Pense no seu corpo: pratique exercício físico; 4) Pense na sua saúde: mantenha consultas de rotina; 5) Pense na sua vida social: participe em atividades sociais; 6) Pense nos seus hábitos de vida: não fume, beba com moderação e durma bem, e por último, mas não menos importante, 7) Pense na sua cabeça: proteja a sua cabeça de lesões. O psicólogo pode ajudar a melhor compreensão destas mudanças, utilizando o seu conhecimento científico para a promoção do envelhecimento bem-sucedido.
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