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Sem pandemia, expectativa de vida no Brasil seria de 76,8 anos em 2020

NOV 28, 2021

Talita Laurino - Metrópoles. Confira matéria original aqui.


Estimativa é do IBGE. Isso representa um acréscimo de 2 meses e 26 dias em relação aos 76,6 anos estimados para nascidos em 2019


Getty Images


O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou, nesta semana, que a expectativa de vida para nascidos em 2020 no Brasil é de 76,8 anos. Isso representa um acréscimo de 2 meses e 26 dias em relação aos 76,6 anos estimados para nascidos em 2019.


Os dados foram revelados por meio da pesquisa das tábuas de mortalidade para o Brasil, que mostra a expectativa de vida do total da população até os 80 anos de idade.


De acordo com o instituto, esses seriam os indicadores esperados caso o país não tivesse passado pela pandemia. “Se o Brasil não tivesse vivenciado uma crise de mortalidade em 2020, a expectativa de vida ao nascer seria de 76,8 anos para o total da população”.


Segundo o levantamento, para a população masculina, a esperança de vida ao nascer é de 73,3 anos e, para as mulheres, de 80,3 anos. A partir dos 60 anos, para ambos os sexos, a média de longevidade é de 22 anos, sendo 20,8 anos para homens e 24,6 anos para mulheres.


“Esse fenômeno pode ser explicado por causas externas, não naturais, que atingem com maior intensidade a população masculina”, explica o pesquisador do IBGE Marcio Minamiguchi.


Ele ressalta ainda que, em 1940, não havia essa discrepância evidente entre os sexos nos grupos mais jovens. “A partir de meados da década de 80 as mortes associadas às causas externas passaram a desempenhar um papel de destaque. É um fenômeno proveniente da urbanização e inclui homicídios, acidentes de trânsito e quedas acidentais, entre outros”, complementa.


No relatório, o IBGE ainda explica que a crise sanitária provocada pela pandemia da Covid-19 elevou os óbitos em 2020 e 2021; mas que é muito pouco provável que essa alta se mantenha nos anos seguintes. “Espera-se que a pandemia seja brevemente controlada e que, como consequência, o nível da mortalidade retorne ao patamar pré-crise, continuando a trajetória de decrescimento observada nas últimas décadas”, diz.

O ano de 2020, que marca a chegada da pandemia no Brasil, teve cerca de 196 mil mortes a mais que o ano de 2019. A variação, de 14,9%, foi a maior desde 1984, segundo os registros civis em cartórios.

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