MAI 19, 2022
Jsias Pereira e Paula Coura - O Tempo. Confira matéria original aqui.
Para que atletas consigam ficar no auge por mais tempo, equipe de especialistas analisa e individualiza treinos e estratégias
Tecnologia é grande aliada dos atletas de alto rendimento — Foto: Pedro Souza/Atlético
Trintar em alto nível é para poucos, mas, a cada dia, pode se tornar uma realidade a mais e mais atletas de alto rendimento. Nos últimos 15 anos houve um grande avanço nos estudos que envolvem as adaptações de cada esportista de alto rendimento às suas respectivas modalidades. A máxima "menos é mais", aliada ao trabalho individualizado potencializou resultados em décadas. E não para por aí.
A intenção é que nos próximos anos essa preparação individualizada dos atletas seja ainda mais eficaz. Com a capacidade física em dia e a experiência acumulada ao longo dos anos de carreira, nos próximos anos, os trintões podem se tornar os mais cobiçados pelo mercado.
“Com as técnicas de treinamentos mais eficazes, no fim das contas, o atleta se recupera mais rapidamente e consegue chegar até os 40 anos em alto rendimento, porque vai estar mais íntegro fisicamente, além de acumular consigo uma bagagem tática e a maturidade profissional”, explica Luciano Sales Prado, doutor em fisiologia do exercício, professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e coordenador científico do Centro de Treinamento Esportivo da universidade, o CTE.
Se antes a medicina esportiva atuava mais na cura de lesões, atualmente é possível saber quando o atleta pode se machucar e trabalhar para que esse estágio sequer aconteça, ou, se acontecer, que tenha uma rápida recuperação.
As equipes esportivas, que contam com fisiologistas, médicos, nutricionistas, fisioterapeutas e outros profissionais, monitoram de maneira individualizada, quando o atleta pode fadigar, qual a intensidade específica de exercícios e até o tempo necessário de repouso. Tudo para manter o profissional na ativa por mais tempo.
“É importante frisar que esse trabalho tem que ser iniciado tão logo seja possível. Ainda na base. Com uma preocupação também com o trabalho emocional, de como esse atleta vai conseguir lidar com a vida esportiva ao longo dos anos. Isso faz toda a diferença”, reforça Prado.
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