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'VELHAS E BONITONAS', UM BRINDE CONTRA O PRECONCEITO

DEZ 17, 2021

Marta Vieira - Máxima. Confira matéria original aqui.


A Morais Rocha Wines, produtora da Vidigueira, aliou-se à artista plástica Maria Seruya e à sua iniciativa Velhas Bonitonas – The Power of Old Ladies e o resultado foi um Reserva Tinto que faz uma belíssima homenagem às mulheres, ao mesmo tempo que sensibiliza para o idadismo.


Ana Rocha e Maria Seruya apresentam "As Velhas", um Reserva Tinto Doc Alentejo 2017

Foto: D.R.

Ana Rocha trilhou o seu caminho longe das vinhas da Vidigueira. E durante muitos anos só assim lhe fazia sentido. Mas em 2014 e aos trinta e poucos, algo mudou. Foi por esta altura que ingressou no negócio da família, a produtora de vinhos fundada pelo seu pai, dez anos antes. Como general manager da Morais Rocha Wines, os planos eram muitos, assentes sobretudo na premissa da inovação e do progresso da empresa. Mas havia mais: "Queria homenagear as mulheres, porque sou mulher e porque este meio é muito masculino e fechado", começa por nos dizer, num dia de outono, à conversa no pátio do prédio onde vive. "Os próprios rótulos são muito masculinos, apesar de cada vez mais mulheres irem às compras e serem elas a escolher o vinho…", destaca.

A ideia ruminava, mas foi unicamente quando viu Maria Seruya apresentar o seu trabalho Velhas Bonitonas – The Power of Old Ladies num programa de entretenimento matinal que se deu o clique. O convite surgiu de imediato. Marya Seruya apresenta-se como uma artista empreendedora na arte do envelhecimento feminino. É uma artista, sim, de formação e coração, mas também está envolvida em várias atividades educativas e de responsabilidade social, como nos conta durante a mesma conversa. Desde 2016 que pinta velhas, as suas velhas. "São sempre anónimas e imaginárias", revela. "Comecei por pintar velhas muito excêntricas, depois, com o tempo, fui-me interessando mais profundamente pelo tema", conta com uma voz de embalo ao mesmo tempo que desvenda como se debruçou pelo tema do idadismo – preconceito sofrido por alguém pela sua idade – e de como isso a levou a tirar um pós-graduação em psicogerontologia, no Instituto Universitário de Ciências Psicológicas, Sociais e da Vida, em Lisboa.

A edição de "As Velhas" é limitada a 1.500 garrafas, num total de 500 packs"Recebi o convite da Ana de braços abertos. Nunca tinha pensado fazer um produto em que a história fosse o envelhecimento", recorda a artista. "Este é um vinho que com o tempo ganha qualidade, sabor. Um pouco como a mulher com a idade se torna mais sábia, autêntica, profunda". De facto, concordamos com Seruya, o envelhecimento pode ser algo empoderador.


Assim surgiu As Velhas, um Reserva Tinto DOC Alentejo 2017. No rótulo, três velhas bonitas representantes de três continentes, anónimas e muito seguras de si. É difícil escolher qual levar para casa. Aqui a Morais Rocha Wines facilitou-nos a vida. Só fazem sentido as três juntas e por isso são vendidas num pack conjunto (€44,50). Conhecemo-lo (ao tinto) no copo, cor intensa com aromas de frutos do bosque. O final é longo e teimoso, mas de uma forma elegante. Tem personalidade própria, pensamos durante a degustação. As castas? Alicante Bouschet, Syrah e Touriga Nacional. Doze meses em barricas de carvalho francês, pouco tempo se pensarmos que o processo total demorou três anos a ser concretizado. Uma edição limitada a 500 packs que, senhoras, estão a voar. Encontre As Velhas em garrafeiras e lojas gourmet em Portugal fora ou entre em contacto com o produtor em vendas@moraisrocha.com.

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